O que é o Coronavírus?
Coronavírus é uma família de vírus que causam infecções respiratórias, entre essas infecções está a nova doença infecciosa chamada de COVID-19. Fonte: Ministério da saúde
O que é COVID-19?
COVID-19 é a doença infecciosa causada pelo novo coronavírus, identificado pela primeira vez em dezembro de 2019, em Wuhan, na China. Fonte: OPAS
Como o coronavírus é transmitido?
A transmissão respiratória direta de pessoa a pessoa é o principal meio de transmissão do coronavírus. A transmissão acontece principalmente por meio de:
Contato a curta distância com uma pessoa contaminada (ou seja, dentro de aproximadamente dois metros) via partículas respiratórias;
Liberação do vírus nas secreções respiratórias quando uma pessoa infectada tosse, espirra ou fala;
A infecção também pode ocorrer se as mãos de uma pessoa estiverem contaminadas por essas secreções, ou por tocar em superfícies contaminadas e depois tocarem seus olhos, nariz ou boca; entretanto, atualmente, não se considera que este tipo de contaminação seja uma das principais vias de transmissão.
Uma pessoa pode transmitir o coronavírus mesmo sem apresentar sintoma?
Sim, pode transmitir. Pelos dados apresentados até o momento, o período de tempo entre a infecção do ser humano pelo vírus e o início dos sintomas da doença (incubação do vírus) pode variar de 1 a 7 – 10 dias. Durante esse tempo, o vírus pode ser transmitido.
Quais são os sintomas de alguém infectado com COVID-19?
Os sintomas mais comuns são:
Febre;
Tosse;
Outros sintomas gripais
Dificuldade para respirar; (não é muito frequente, mas é um sinal de que a doença é de intensidade moderada ou grave.
Outros sintomas: diarreia, náuseas e vômitos, perda de olfato, perda de paladar, cansaço.
Se aparecer algum desses sintomas ligue para 136 ou procure um posto de saúde.
Uma certa proporção das pessoas infectadas não apresenta sintomas.
Como é feito o diagnóstico do COVID-19?
A partir da coleta de amostras de secreções respiratórias da boca, nariz ou garganta de pacientes considerados suspeitos, são realizados testes baseados em técnicas de biologia molecular. Fonte: Fiocruz
A doença se manifesta de forma grave em todas as pessoas?
Não. A maioria das pessoas infectadas não apresenta sintomas, ou experimenta uma doença leve e se recupera, mas pode ser mais grave para outras pessoas. Com as novas variantes de vírus, a porcentagem de infectados que tem doença moderada e grave parece ser maior do que com as cepas de vírus que circulavam no início da pandemia. Fonte: Fiocruz
Como se proteger e evitar transmitir para outras pessoas?
1. Distanciamento social
Manter uma distância física mínima de um metro de outras pessoas e evitar aglomerações, tanto ao ar livre quanto em ambientes fechados.
Garantir uma boa ventilação em ambientes internos.
Devem ser evitados, durante a pandemia, lugares ou ambientes que favoreçam a aglomeração de pessoas.
2. Higienização das mãos
A higienização das mãos é a medida isolada mais efetiva na redução da disseminação da infecção. As evidências atuais indicam que o vírus causador da Covid-19 é transmitido por meio de gotículas respiratórias ou por contato. A transmissão por contato ocorre quando as mãos contaminadas tocam a mucosa da boca, do nariz ou dos olhos. Consequentemente, a higienização das mãos é extremamente importante para evitar a disseminação do vírus causador da Covid-19. Ela também interrompe a transmissão de outros vírus e bactérias que causam resfriado comum, gripe e pneumonia, reduzindo assim o impacto geral da doença.
3. Etiqueta respiratória
Cobrir nariz e boca com lenço de papel ou com o antebraço, e nunca com as mãos ao tossir ou espirrar. Descartar adequadamente o lenço utilizado.
Evitar tocar olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas. Se tocar, sempre higienize as mãos como já indicado.
Manter uma distância mínima de cerca de 1 metro de qualquer pessoa tossindo ou espirrando.
Evitar abraços, beijos e apertos de mãos. Adote um comportamento amigável sem contato físico.
Higienizar com frequência os brinquedos das crianças e telefone celular. Não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, toalhas, pratos e copos.
Evitar aglomerações, principalmente em espaços fechados e manter os ambientes limpos e bem ventilados.
4. Uso de máscaras
É uma exigência em todos os serviços de saúde. Todos os trabalhadores da saúde e cuidadores que atuam em áreas clínicas devem utilizar máscaras cirúrgicas de modo contínuo durante toda a atividade de rotina e máscaras de proteção respiratória (padrão N95, PFF2 ou PFF3) em procedimentos geradores de aerossóis (bem como demais equipamentos de proteção individual).
O uso de máscara facial, incluindo as de tecido, é fortemente recomendado para toda a população em ambientes coletivos, em especial no transporte público e em eventos e reuniões, como forma de proteção individual, reduzindo o risco potencial de exposição do vírus especialmente de indivíduos assintomáticos.
As máscaras não devem ser usadas por crianças menores de 2 anos ou pessoas que tenham dificuldade para respirar, estejam inconscientes, incapacitadas ou que tenham dificuldade de remover a máscara sem ajuda. Recomenda-se lavar as mãos antes de colocar a máscara, colocando-a sobre o nariz e a boca, prendendo-a sob o queixo.
A pessoa deve ajustar a máscara confortavelmente pelas laterais do rosto, e certificar-se que consegue respirar normalmente. As máscaras não devem ser colocadas em volta do pescoço ou na testa, e ao tocá-la, deve-se lavar as mãos com água e sabão ou álcool em gel 70% para desinfecção. Para pessoas sintomáticas recomenda-se o uso de máscaras cirúrgicas como controle da fonte.
Estou com sintomas de gripe. O que devo fazer?
Se estiver doente, com sintomas compatíveis com a COVID-19, tais como febre, tosse, dor de garganta e/ou coriza, com ou sem falta de ar, procure imediatamente um atendimento nos serviços de saúde e siga as orientações médicas O atendimento imediato pode salvar vidas.
Além disso, ao sinal de qualquer sintoma, evite qualquer contato físico com outras pessoas, incluindo familiares, principalmente, idosos e doentes crônicos e siga as orientações de isolamento domiciliar.
Já existe tratamento contra o COVID-19?
Não. Os médicos tratam os sintomas para evitar o agravamento da doença e reduzir o desconforto provocado por ela. O tratamento é só sintomático para manter a oxigenação e tratar as complicações até que o sistema imunológico consiga eliminar o vírus, o que pode demorar semanas, ou meses quando há complicações. Até o momento não foi identificado nenhum medicamento que seja efetivo e que cure a infecção.
Existe vacina para prevenção do COVID-19?
Sim. A comunidade científica reagiu muito rápido e eficazmente . Na atualidade já existem várias vacinas aprovadas em diversos países e outras dezenas de vacinas em desenvolvimento.
Atualmente quatro vacinas estão aprovadas para uso no Brasil: Coronavac (Instituto Butantan) e Janssen (Johnson & Johnson) para uso emergencial e Astrazeneca/Oxford (Fiocruz) e Pfizer (BioNTech) com registro definitivo.
Com exceção da vacina Janssen, em dose única, as demais precisam de duas doses para atingir sua proteção máxima. Com a Coronavac, a aplicação da segunda dose deve ser, 3 a 4 semanas depois da primeira e com a Astra Zeneca e a Pfizer, a recomendação é aplicar a segunda dose, 12 semanas depois da primeira dose.
Todas as vacinas mencionadas foram testadas, são seguras, têm eficácia de mais de 50% para prevenir a contaminação do vírus, e mais de 80% de eficácia para prevenir casos graves.
Lembrando sempre, que nenhuma das vacinas disponíveis oferece 100 % de proteção e que é necessário tomar a segunda dose para obter a proteção máxima oferecida pela vacina.
A vacina para influenza pode proteger também contra o novo coronavírus, o COVID-19?
Não. Tratam-se de vírus diferentes. Porém é importante também tomar a vacina para a gripe porque essa doença também pode ser letal, especialmente em idosos e pessoas com doenças pré-existentes.
Há riscos maiores para grávidas?
Sim. Há risco de pior evolução clínica para a gestante e risco aumentado para complicações para o bebê, como parto prematuro. Também há maior chance de parto cesárea.
No Brasil houve um aumento importante de mortes maternas por Covid-19.
Na comparação entre os anos 2020 e 2021, a mortalidade materna semanal aumentou em 283% e a mortalidade da população geral aumentou em 105%, confirmando os achados do CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças) de que gestantes constituem grupo de maior risco de intubação orotraqueal, de internação em Unidades de Terapia Intensiva e de óbito.
O Programa Nacional de Imunizações do Brasil orienta a vacinação de gestantes e puérperas com comorbidades utilizando as vacinas Coronavac ou Pfizer. O governo do Estado de São Paulo decidiu incluir gestantes e puérperas com e sem comorbidades no plano estadual de imunização contra Covid-19, utilizando essas mesmas vacinas.
Antibióticos são eficazes na prevenção ou tratamento do COVID-19?
Não. Os antibióticos não funcionam contra vírus, eles funcionam apenas em infecções bacterianas. Antibióticos não devem ser usados como um meio de prevenção ou tratamento de Covid-19.
Podemos levar água e sabão para a rua como alternativa ao álcool gel?
Sim, lavar as mãos com sabão é tão eficaz como o uso de álcool gel. Água sanitária não é recomendado. Fonte: Fiocruz
Fontes:
https://www.gov.br/saude/pt-br/coronavirus/como-se-proteger
https://www.uptodate.com/contents/
https://www.who.int/emergencies/diseases/novel-coronavirus-2019/technical-guidance