O implante anticoncepcional é um método de alta eficácia e de longa duração.
O implante disponível no Brasil é um cilindro feito de um plástico especial, de 4 cm de comprimento e 2 mm de diâmetro, flexível, que contém um hormônio (progestogênio), muito similar à progesterona que é produzida pelo ovário da mulher, que se coloca embaixo da pele, habitualmente no braço. O cilindro de plástico, depois de colocado no braço, libera de maneira lenta e contínua, pequenas doses diárias de hormônio, suficientes para ter efeito anticoncepcional por três anos.
O implante não está disponível no setor público (SUS). Está disponível em clínicas privadas e as operadoras de saúde (convênios) que seguem as normas da ANS também oferecem o método.
Existem também os implantes que utilizam dois cilindros, que contém levonorgestrel e que atuam da mesma maneira para evitar a gravidez, por cinco anos, mas não estão disponíveis no Brasil.
O implante funciona porque os hormônios do cilindro, passam lentamente para o sangue da mulher e esse hormônio no sangue inibe ou bloqueia a ovulação. Sem óvulo, não tem gravidez. Além disso, o implante também altera o muco cervical, dificultando a entrada dos espermatozoides no útero da mulher.
Sua colocação é feita por um/a profissional de saúde capacitado/a, durante os sete primeiros dias do ciclo menstrual, ou a qualquer momento do ciclo desde que se tenha certeza que a mulher não está grávida. A inserção do implante, habitualmente, é um procedimento simples que não demora mais de dois a três minutos. O/a profissional de saúde coloca uma pequena quantidade de anestesia no braço, no local em que será inserido o implante. Depois de um a dois minutos, para dar tempo para que o anestésico faça o seu efeito, se aplica o implante usando sempre aplicadores descartáveis. Depois de colocado, se coloca um curativo adesivo no local e a mulher não deve molhar o local da aplicação do implante por um período de, pelo menos, 8 horas.
A duração do implante (efeito anticoncepcional) é de três anos, sendo que, após esse período, o implante deve ser retirado e substituído por um novo, se a mulher deseja continuar usando esse método.
A retirada deve ser feita sempre por um/a profissional capacitado/a.
A eficácia do implante é muito alta. De cada mil (1.000) mulheres que usam o implante, somente uma pode engravidar no primeiro ano de uso e esta alta taxa de eficácia é mantida por três anos, quando deve ser retirado. Caso a mulher se esqueça de trocar o implante ao final de três anos de seu uso, as chances de engravidar aumentam na medida em que o tempo passa. Se a mulher deseja continuar usando o método, um novo implante pode ser colocado imediatamente depois da extração do implante que completou 3 anos.
O implante anticoncepcional tem poucos efeitos colaterais. Os mais frequentes são as alterações menstruais, como falta de menstruação, sangramento escasso e prolongado. Outros efeitos como acne, dor nas mamas, dor de cabeça, aumento de peso acontecem com uma frequência muito baixa. Em muitas mulheres esses efeitos diminuem com o tempo.
Última atualização: junho 2021