Vivendo a Adolescência

Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência 01/02/2021

Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência

O dia 1o de fevereiro foi instituído em 2019, para marcar o início da Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência, que tem como objetivo disseminar informações sobre medidas preventivas e educativas que contribuam para a redução da gravidez na adolescência.

Segundo o IBGE, em 2018 nasceram 432.460 bebês de mães adolescentes (menores de 18 anos), o que representou 14,94% de todos os nascimentos no país naquele ano.

O Ministério da Saúde aponta que a taxa de gestação na adolescência é alta e que são necessárias medidas urgentes para mudança nesse quadro.


Conforme um estudo realizado em 2017 pelo Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), um em cada cinco bebês que nascem no Brasil é filho de mãe adolescente. Entre estas adolescentes, de cada cinco, três não trabalham nem estudam e sete em cada dez são afrodescendentes. Destaca-se ainda que na maioria dos países em desenvolvimento, as mulheres mais pobres têm menos oportunidades de planejamento reprodutivo, menos acesso a atendimento pré-natal e sua vulnerabilidade é maior quanto a partos sem a assistência de um/a profissional de saúde.

A diminuição da gravidez na adolescência exige enfrentamento com ações sistemáticas e integradas entre a saúde, a família e a educação. Isto significa incorporar nas escolas a Educação Integral em Sexualidade (EIS) para preparar adolescentes no desenvolvimento de habilidades e competências para viver esse período da vida com mais saúde. A EIS facilita o empoderamento das meninas e a construção de novas masculinidades nos meninos para que ambos estabeleçam relações igualitárias, de respeito e tanto homens como mulheres assumam a responsabilidade da prevenção.

Um dos objetivos da EIS é que adolescentes aprendam a conhecer e a exercer seus direitos sexuais e reprodutivos, que aprendam a tomar decisões pensadas e responder por elas; decidir conscientemente se iniciar ou não sua vida sexual e escolher um método anticoncepcional para prevenir uma gravidez e as suas consequências.

Há evidências suficientes para indicar que os programas de educação sexual atrasam o início da atividade sexual entre adolescentes e melhoram o uso de contracepção entre adolescentes sexualmente ativas, reduzindo assim a prevalência de gravidez em adolescentes (UNFPA, 2015).

Lembrando que diminuir a gravidez em adolescentes é uma prioridade do país, pois tem sérias consequências individuais, sociais, econômicas e de saúde pública.

A Reprolatina na Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência reafirma seu compromisso de continuar atuando para que adolescentes sejam reconhecidos/as como sujeitos/as de direitos, incluindo o direito à anticoncepção. Também atuamos para alcançar o ODS 3 – Saúde e bem-estar, e sua meta 3.7 que determina “Até 2030, assegurar o acesso universal aos serviços de saúde sexual e reprodutiva, incluindo o planejamento familiar, informação e educação, bem como a integração da saúde reprodutiva em estratégias e programas nacionais”.


Fontes:
- https://nacoesunidas.org/brasil-tem-setima-maior-taxa-de-gravidez-adolescente-da-america-do-sul/ >
- https://www.gove.digital/outras-tematicas/gravidez-na-adolescencia-no-brasil/#:~:text=Segundo%20o%20Instituto%20
- Brasileiro%20de,nascimentos%20no%20pa%C3%ADs%20naquele%20ano.

Boletim elaborado pela equipe técnica da Reprolatina, 2021


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