Vivendo a Adolescência

16 dias de Ativismo Pelo Fim da Violência Contra as Mulheres 25/11/2020

BOLETIM INFORMATIVO

Há quase 30 anos, o Brasil e mais de 160 países ao redor do mundoaderiram aos 16 Dias de Ativismopelo Fim da Violência Contra as Mulheres, para reforçara importância da defesa e garantia dos direitos humanos para as mulherese mobilizar todas as pessoas da sociedade para se engajarem na luta pelofim da violência contra as mulheres.

Os 16 Dias de Ativismo têm início no dia 25 de novembro - Dia Internacional da Não Violência Contra a Mulher e termina dia 10 de dezembro - Dia Internacional dos Direitos Humanos, passando pelo dia 6 de dezembro, que é o Dia Nacional de Mobilização dos Homens pelo Fim da Violência Contra as Mulheres.

No Brasil, a Campanha tem início um pouco antes, no dia 20 de novembro, declarado o Dia Nacional da Consciência Negra – a fim de reforçar o reconhecimento da opressão e discriminação históricas contra a população negra e ressaltar o grande número de mulheres negras brasileiras vítimas da violência de gênero.

Em nosso país já houve muitos avanços na conquista pelos direitos das mulheres, mas os dados são assustadores e revelam uma realidade de profunda violência, seja nas ruas, no trabalho, no transporte e ainda dentro de suas próprias casas, lugar supostamente seguro para elas.

Neste ano de 2020, devido à emergência sanitária causada pela COVID-19, a violência contra mulheres e meninas que ocorria de maneira silenciosa se agravou. Também durante a pandemia aumentou o número de feminicídios, que é o termo usado para denominar assassinatos de mulheres cometidos em razão do gênero, ou seja, quando a vítima é morta por ser mulher. Desde o início da pandemia, 648 mulheres perderam suas vidas no primeiro semestre de 2020.Os números apontaram um aumento de 1,9% em relação ao mesmo período de 2019 conforme o Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

A seguir alguns dados que mostram a importância de se engajar nos 16 dias de ativismo:

  • O Brasil está em 5º lugar no ranking mundial de feminicídio.

  • Uma mulher é morta a cada sete horas por ser mulher.

  • 9 em cada dez casos, a mulher é morta por um companheiro ou ex-companheiro.

  • 68% das mulheres assassinadas no Brasil eram negras.

  • Uma mulher é vítima de estupro a cada 9 minutos.

  • Uma menina de até 13 anos é estuprada a cada 15 minutos, sendo que 75,9% dos agressores são conhecidos das vítimas, em sua maioria padrastos, pais, tios, primos, vizinhos e amigos da família.

  • Uma mulher registra agressão sob a Lei Maria da Penha a cada um minuto.

  • Uma mulher sofre violência doméstica a cada dois minutos.

  • 97% das mulheres já sofreram assédio em meios de transporte.

  • Uma mulher trans é assassinada a cada três dias.

Os dados são alarmantes e é importante refletir que uma grande causa da violência contra as mulheres ainda é a cultura machista, que educa os homens para o exercício da violência e do poder sobre as mulheres - os homens se acham “donos” das mulheres; e as mulheres são educadas para serem submissas e dóceis. Essa sociedade ainda patriarcal e sustentando as desigualdades de gênero é a que tem educado e até os dias atuais educa homens para agir movidos por um código de honra, tratando as mulheres como sua propriedade e decidindo como devem se comportar, o que devem vestir ou com quem podem se relacionar. E quando a mulher não segue o padrão imposto pela sociedade, “não obedece”, ou decide terminar um relacionamento que a oprime, ela sofre os diferentes tipos de violência, desde a violência física, psicológica até a mais letal, o feminicídio. Aviolência de gênero que é a violência dos homens contra as mulheres, tem sido naturalizada por toda a sociedade.

Acabar com a violência contra as mulheres não é uma tarefa fácil, porém é absolutamente necessária, e precisa envolver diversos setores governamentais e da sociedade com estratégias e ações articuladas, de tal forma, que resultem não só em denúncias ou medidas punitivas aos agressores, mas também em transformações sociais e mudanças da cultura e comportamentos machistas.

A Reprolatina, em sua missão de contribuir para a diminuição das desigualdades de gênero e a construção de uma sociedade mais justa, participa e desenvolve atividades na “Campanha dos 16 Dias de Ativismo” e reafirma seu compromisso de luta para a prevenção da violência contra a mulher e o alcance do ODS 5 – Alcançar a Igualdade de Gênero e Empoderar todas as Mulheres e Meninas, e as metas para eliminar todas as formas de violência contra as mulheres e meninas.

Convidamos cada um/a de vocês para tomar consciência dessa triste realidade, compartilhar essas informações, pensar e se engajar nas ações pelo fim da violência contra todas as mulheres e meninas.

Fontes:


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