Vivendo a Adolescência

28 de maio - Dia Internacional de Luta pela Saúde da Mulher 28/05/2017

 

Desde 1984, depois de graves denúncias feitas no Tribunal Internacional de Denúncias e Violação dos Direitos Reprodutivos, o dia28 de maio foi definido como Dia internacional da Saúde da Mulher com especial atenção para a redução da mortalidade materna.

Com o processo da consolidação do SUS e a partir da Constituição Federal de 1988, esse dia foi declarado pelo Ministério da Saúde como Dia Nacional de Redução da Mortalidade Materna focando a necessidade de melhorar os serviços de atenção ao pré-natal e ao parto, bem como o preparo dos/as profissionais de saúde para este atendimento. O principal objetivo desta data é chamar a atenção da sociedade brasileira para o problema das mortes maternas e ampliar o debate público sobre os direitos das mulheres.

A taxa de mortalidade materna aceita pela Organização Mundial de Saúde é de 20 mortes para cada 100.000 habitantes.Conforme relatório da Organização Mundial de Saúde, cerca de 303 mil mulheres ao redor do mundo morreram em 2015 por complicações no parto ou durante a gravidez, sendo que a maior parte desses problemas era evitável e tratável. Noventa e nove por cento dessas mortes ocorreram em países em desenvolvimento, devido a uma combinação de falta de investimento em sistemas de saúde, infraestrutura deficiente e pouca prioridade dada à saúde e aos direitos das mulheres.

O Brasil, mesmo concentrando esforços, não conseguiu cumprir a meta dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) de reduzir a mortalidade materna para 35 mortes para cada 100 mil crianças nascidas vivas, até o ano de 2015. No entanto, continua na corrida para cumprir a meta dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) de reduzir, para 20 mortes maternas a cada 100.000 nascidos vivos, até o ano de 2030.

Mesmo considerando que o acesso ao sistema de saúde por mães e gestantes melhorou no país, ainda é preciso investir no atendimento para garantia de mais qualidade. Especialistas afirmam que as principais causas diretas de morte materna são evitáveis, como a hipertensão, as hemorragias, as infecções e o aborto inseguro.

 

O que é Mortalidade Materna?

A Organização Mundial de Saúde (OMS) define morte materna como a morte de uma mulher durante a gestação ou até 42 dias após a realização do parto, por qualquer causa relacionada ou agravada pela gravidez ou medidas a ela relacionada.

 

Quais são as principais causas de morte materna?

A cada dois minutos, em todo o mundo, morre uma mulher vítima de complicações relacionadas à gravidez ou parto. As principais causas de morte são:

1.      Hemorragias pós-parto,

2.      Pressão alta durante a gravidez,

3.      Infecções

4.      Aborto inseguro, ou seja, em condições perigosas.

 

Como prevenir essas mortes maternas?

A principal estratégia é aumentar o acesso e a qualidade dos serviços que atendem as urgências obstétricas. Isso inclui capacitar os/as profissionais para o atendimento das emergências obstétricas, equipar, melhorar os bancos de sangue e implementar um rigoroso controle da infecção hospitalar. É importante lembrar também que a operação cesariana desnecessária aumenta o risco de mortalidade materna.

Além disso, as equipes das unidades básicas de saúde e de estratégias de saúde da família devem atuar:

Oferecendo orientação e acesso a métodos anticoncepcionais, para que as mulheres/casais possam escolher o melhor momento para engravidar.  Isso diminui a gravidez de alto risco, que aumenta a mortalidade e a gravidez indesejada, uma importante causa de abortamento inseguro, e causa de muitas mortes.

Disponibilizando atenção pré-natal de qualidade e estimulando o início precoce da assistência pré-natal para fortalecer o vínculo da gestante com a equipe de saúde e facilitar a realização de exames complementares de forma mais ágil e eficiente, contribuindo assim para a diminuição das doenças e problemas durante a gravidez.

 

Sem dúvida, as melhorias à assistência pré-natal, parto e puerpério levam a uma redução da mortalidade materna.  A luta diária para redução das mortes maternas e promoção do bem estar das mulheres é uma batalha conjunta das comunidades grandes ou pequenas, dos diversos setores da sociedade e dos governos, para que as mulheres tenham acesso a atendimento  com dignidade e respeito, necessários  ao exercício e vivência de uma maternidade  segura.

A Reprolatina, na sua missão de contribuir para a melhoria da qualidade da saúde sexual e reprodutiva de homens, mulheres, jovens e adolescentes, lembra que o caminho para a redução da morte materna começa pela diminuição da gravidez não planejada e pelo amplo acesso aos métodos de regulação da fecundidade, principalmente por adolescentes que recorrendo a abortos inseguros engrossam as estatísticas que mostram os números da mortalidade materna em nosso país.

PREVENÇÃO O CAMINHO PARA A REDUÇÃO DA MORTALIDADE MATERNA

 

Fontes:

http://agenciabrasil.ebc.com.br/internacional/noticia/2015-11/mortalidade-materna-caiu-para-quase-metade-em-25-anos

 http://www.redemulher.org.br/encarte56.html.

http://latina.obgyn.net/portugues/default.asp?page=/portugues/articles/mortalidad

http://agenciabrasil.ebc.com.br/>

http://www.scielo.br/pdf/rbgo/v37n12/0100-7203-rbgo-37-12-00549.pdf


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