Vivendo a Adolescência

A LUTA CONTRA O HIV-AIDS CONTINUA 06/08/2018

 O relatório da UNICEF apresentado no Congresso internacional de HIV-Aids realizado em Amsterdam na semana passada, infelizmente, mostra dados muito preocupantes sobre adolescentes infectados com o HIV em 2017.

Aproximadamente 30 adolescentes entre 15 e 19 anos se infectaram com o HIV a cada hora em 2017. Dois terços eram meninas. Isto significa que devemos priorizar o empoderamento das meninas para que possam exigir o uso de camisinha e para não aceitar relações sem proteção. 

 Entre os principais resultados o relatório destaca:

  • As adolescentes entre 10 e 19 anos de idade representam quase dois terços dos 3 milhões de jovens de 0 a 19 anos que vivem com o HIV;
  • Ainda que a mortalidade em todos os demais grupos de idade, incluindo os adultos, tenha diminuído desde 2010, as mortes entre adolescentes de 15 a 19 anos tem aumentado.
  • Em 2017, aproximadamente 1,2 milhões de jovens de 15 a 19 anos de idade viviam com o HIV, dos quais 3 em cada 5 casos eram meninas.

Entre os fatores que explicam a propagação da epidemia entre as adolescentes cabe destacar: as relações sexuais precoces, inclusive com homens mais velhos; as relações sexuais forçadas; a impotência para negociar a possibilidade de ter ou não relações sexuais; a pobreza; e a falta de acesso a serviços confidenciais, de orientação e de testes de detecção do HIV.(traduzido do espanhol).  

Como podemos refletir, ainda temos muito por fazer! O importante é não retroceder e continuar realizando ações de prevenção nas escolas de maneira sistemática; melhorar o acesso nas unidades básicas de saúde, oferecendo espaço confidencial e de qualidade para que adolescentes consultem e possam encontrar alguém de confiança a fim de orientar e facilitar o empoderamento das meninas para que elas possam dizer não a uma relação desprotegida; trabalhar as questões de gênero para que os homens, em especial os jovens assumam a responsabilidade de usar a camisinha em todas as relações sexuais e de respeitar as mulheres não exigindo “prova de amor” e não forçando as relações sexuais.

Também é importante disseminar a oferta do teste de HIV-Sífilis e hepatite B e C e ensinar as 8 formas de prevenção combinada, para que os jovens aprendam a gerenciar o risco.

Enfim... há muito trabalho pela frente e a Reprolatina refirma seu compromisso na luta para acabar com a epidemia de Aids e em sua missão de contribuir para a diminuição das desigualdades de gênero e construção de uma sociedade mais justa. 


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